Soroterapia e riscos da hipervitaminose: o papel do farmacêutico na proteção da população
Fonte: Assessoria de Comunicação CRF-PR
Data de publicação: 3 de setembro de 2025
Vitaminas em diversas formas, soros de “imunidade” e protocolos sem respaldo científico ganharam força nos últimos anos, impulsionados por influenciadores digitais, clínicas estéticas e até celebridades. A promessa é tentadora: mais energia, imunidade reforçada e até prevenção contra o envelhecimento. Mas por trás do apelo mercadológico, cresce um problema silencioso: a hipervitaminose, intoxicação causada pelo excesso de nutrientes, que já levou pacientes a internações graves no Brasil.
Casos recentes no país acenderam o alerta entre especialistas. Pacientes que recorreram a injeções de vitamina D, implantes hormonais ou “soroterapia” — infusões endovenosas de vitaminas e minerais — enfrentaram complicações sérias, como insuficiência renal e lesões hepáticas. Hospitais públicos já recebem pacientes intoxicados, e a Anvisa registra aumento nas notificações de eventos adversos. (Clique para acessar a matéria veiculada no programa Fantástico – Rede Globo – 31/08/2025)
Em meio a esse cenário, o CRF-PR, por meio do CIM/CRF-PR, reforça que já produziu material de orientação específico sobre a soroterapia. O documento alerta que não existe regulamentação do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que reconheça a soroterapia como atividade farmacêutica, o que significa que profissionais não podem atuar nessa área sem respaldo legal. (Acesse aqui o material: Soroterapia - Orientação ao Farmacêutico)
O papel do farmacêutico
Mais do que um especialista em medicamentos, o farmacêutico tem um papel central na orientação à população, especialmente diante de práticas que colocam em risco a saúde pública. É ele quem pode esclarecer a diferença entre suplementos alimentares (de uso oral, regulamentados pela Anvisa) e produtos injetáveis, que são considerados medicamentos e exigem prescrição de profissional habilitado em todos os casos.
Informação como proteção
Enquanto o mercado da suplementação movimenta mais de R$ 4 bilhões por ano no Brasil, cresce também a desinformação. “Excesso de vitamina pode alterar a função renal, causar lesão hepática e até ser fatal”, alertam especialistas. A Organização Mundial da Saúde já classificou o uso indiscriminado de injetáveis como exemplo de prática irracional de medicamentos.
Nesse contexto, a voz do farmacêutico é decisiva para orientar pacientes sobre o que é ciência e o que é modismo perigoso. Ele pode ajudar a frear a banalização de práticas sem comprovação científica, lembrando que a base para uma boa saúde ainda está em algo simples, acessível e seguro: uma alimentação equilibrada.
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